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Olha bem para mim e diz-me o que vês. Não tenhas medo de dizer que acabaste comigo de vez.
Vês alguém que já não sabe o que diz, o que pensa, o que sente, o que escreve e para o que serve.
Vês-me a mim assim acabado, como um livro depois de lido, rasgado e calcado no chão. Diz se me reconheces ao longe e ao perto, estou certo que não.
Olha-me bem para que não restem duvidas de que és cruel... a tua crueldade sinto-a na pele.
Corta-me aos bocados e atira-me para longe da tua vida. Talvez essa seja a saída para eu desaparecer de vez... Diz-me agora o que vês!
Vês-me a mim desfeito em pedaços que se colam no som dos teus passos... come-os um a um, talvez eu morra dentro de ti.
Vês-me aqui vulnerável, feito prato principal. Ataca-me de faca e garfo, satisfaz esse teu apetite carnal.
Engole-me e assim desapareço de vez... Diz-me agora o que vês!
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