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Crónica de um louco sentimental - Nada é para sempre

autoria de Bruno C. da Cruz, em 24.02.05

Quando eu pensava que te tinha esquecido, a força da tua natureza criou um terramoto dentro de mim, destruindo a base sólida da minha segurança fazendo-me querer-te sempre mais... fazendo-me querer nada mais, ninguém mais do que tu. Limpo os destroços de uma vida, vida essa que um dia te acompanhou sem olhar para trás, sem medos, sem insegurança, com esperança de que tudo fosse para sempre. Mas nada é para sempre!

 

A tua chegada nunca foi para sempre. Partias momentos depois, devolvendo-me ao escuro do querer ter e não poder... devolvendo-me ao meu jogo solitário de esperas infindáveis por uma nova chegada tua. O teu beijo nunca foi para sempre, dissipou-se sempre na altura em que eu suplicava por mais e acabava por ter de me contentar com o menos de um mais que nunca acontecia. O sabor da tua boca já nem o sinto. Já não sei a que sabes. O teu sabor também não foi para sempre, perdeu-se nas discussões em que dissemos sempre tudo aquilo que nenhum de nós queria ouvir e dizer.

 

O teu abraço nunca foi para sempre. A minha vontade de viver colado aos teus braços nunca foi suficiente para abrigares as minhas inseguranças, os meus medos de criança, os meus choros convulsos, as minhas mágoas caladas, os meus traumas confusos. O teu abraço perdeu sempre um braço na hora de ser consumado. O teu prazer, esse também nunca foi para sempre. Acabou por se fundir numa necessidade obrigatória de matar a fome de carne, em vez de continuar a viver de vontades espontâneas de consumar algo mais que uma simples noite de sexo.

 

A minha dor não será para sempre. Também ela me abandonará juntamente com as tuas lembranças, deixando-me em paz comigo próprio, vazio de ti... pronto para me voltar a encher com o tanto que alguém me vai dar. Talvez aí, nesse processo em que volto a preencher-me de pedaços de alguém, volte a iludir-me ao ponto de re-acreditar que tudo é para sempre, até que esse sempre chegue ao seu limite e termine com direito a ficha técnica, notas de rodapé e música a condizer.

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publicado às 18:30


63 comentários

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De Anónimo a 25.02.2005 às 17:30

P/ Whitesatin: depende do amor... amor de pais/filhos, amigos, esse acredito k sim... ;-)o rapaz que pensava que o mundo era redondo
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(mailto:m@pt.pt)
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De Anónimo a 25.02.2005 às 17:29

P/ Peace & Love: ai n me fales em compal pk eu sou viciado em Compal :-P seja qual o sabor estou pronto pa beber 1 :-D lolo rapaz que pensava que o mundo era redondo
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(mailto:m@w.pt)
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De Anónimo a 25.02.2005 às 17:28

P/ o tonto: ó tonto, tu gostas mmo disto lol se não me ponho a pau ainda consegues gostar mais disto k eu :-Po rapaz que pensava que o mundo era redondo
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(mailto:m@pt.pt)
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De Anónimo a 25.02.2005 às 17:27

P/ Apenas alguém: assim até coro :-Po rapaz que pensava que o mundo era redondo
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(mailto:m@pt.pt)
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De Anónimo a 25.02.2005 às 16:42

oi...
Desculpa entrar assim, sem pedir licensa...mas gostaria de lhe dizer que entro aqui todos os dias pra ler essas coisas maravilhosas que escreve. Gostaria de colocar um link seu no meu blog, mas você não me autorizou :(.
Mas bem, adoro suas palavras...Neste último post, pude ler a mim em cada uma delas. Obrigada por elas...Denise
(http://sempresonhando.zip.net)
(mailto:dezinhabueno@hotmail.com)
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De Anónimo a 25.02.2005 às 13:16

bom texto... a efemeridade das coisas... faz muito sentido mesmo... bela escolha de música, ela e o filme que a celebrizou falam também disso mesmo... de como tudo o que é forte passa... :(Etrusca
(http://www.rainhadovazio.blogspot.com)
(mailto:hslopes@oninet.pt)
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De Anónimo a 25.02.2005 às 12:27

Crónica de um louco é um "tìtulo" óptimo.Quanto ao textoexprime vaivéns da alma. Creio k toods sabemos k nada é para smp - no campo do amor - mas gostamos de acreditar k será. E é bom k assim seja. Tmb é bom lembrar e saber k n/ é, qnd por azar acaba, pois essa consciência ajuda a sarar + depressa.Bjs e ;)Tmara
(http://estranhosdias.blogspot.com)
(mailto:Tostimara@gmail.com)
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De Anónimo a 25.02.2005 às 12:14

O Amor é eterno. Nós é que não somos. Por isso não o conseguimos abranger totalmente. E por isso é que desistimos dele, para nos protegermos da dor e do sofrimento. As tuas palavras fazem todo o sentido nesta perspectiva. Bjwhitesatin
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(mailto:natram@iol.pt)
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De Anónimo a 25.02.2005 às 01:48

Já li e reli sei lá qts vezes este texto e a cada vez que leio deparo-me com um novo pormenor, com uma nova sensação descoberta! Isto é um verdadeiro nectar dos Deuses, qual Compal!!! Beijopeace & love
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(mailto:peacelove@yahoo.com)
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De Anónimo a 25.02.2005 às 01:45

E eu tou por cá outra vez :) hoje apeteceu-me reler alguns posts antigos... e que prazer que isso me deu :) rapaz, quando o teu talento for descoberto acredito que mais ninguém te pára :)o tonto
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(mailto:tontix@sapo.pt)

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