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Crónica de um louco sentimental: De manhã

autoria de Bruno C. da Cruz, em 26.03.15

De manhã é sempre mais difícil. É como se o coração acordasse e começasse o processo todo do zero. O aperto é sempre maior. É como se fosse sempre a manhã seguinte ao dia do fim.

De manhã é sempre mais penoso. É quando o pensamento me traz tudo o que era teu. A dor é sempre maior. É como se fosse arrancar o peito contigo dentro e ficar vazio.

De manhã é sempre mais real. É como se caísse em mim e visse que o futuro não passa mais por nós. A certeza é sempre maior. É como se eu soubesse que todas as manhãs irei sentir esta perda.

De manhã é sempre mais um dia em que me dói, me levanto, mastigo tudo e sigo em frente. É como se achasse que na manhã seguinte tudo irá ser diferente.

 

 

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publicado às 11:28



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