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O beijo

autoria de Bruno C. da Cruz, em 18.07.13
Lembras-te quando o nosso peito se encostava, o nosso olhar se fechava, as nossas bocas se colavam e o mundo parava?

Lembras-te desses momentos em que o nosso amor tinha sabor e lembras-te ao que sabia?
Lembras-te que as tuas mãos acompanhavam o beijo e me acariciavam a cara, a nuca e o pescoço?

Pois já não te lembras. Mas eu lembro. Depois de ti a minha boca não beijou outra. Não sinto o sabor, mas sei ao que sabe. 

 

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publicado às 18:01

Sem título. Só palavras.

autoria de Bruno C. da Cruz, em 17.07.13
Não dediquei as minhas atenções a ninguém. Não dediquei o meu tempo a alguém. 

Não deixei que outra pessoa se encantasse com o meu sorriso, com o meu olhar, com a minha voz.
Não deixei que tivesse a minha companhia. Não partilhei os meus assuntos, nem desenvolvi conversas. Não cativei. 
Não deixei que sentisse o toque da minha mão. O calor da minha mão. O aperto da minha mão.

Que fosse minha companhia. Que me acompanhasse. Que me ocupasse tempo. 

Não deixei que ninguém tivesse nada do que é teu. Do que é nosso. Ou do que era...

 

 

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publicado às 21:30

Ressaca

autoria de Bruno C. da Cruz, em 12.07.13
Há sempre uma altura do dia em que te sinto a desintegrar de mim. Há sempre um pouco mais de ti que se vai.

A sensação de abandono que isso causa, mais do que dor emocional, provoca dor física, como uma ressaca. Uma dura prova de que já não te bebo, não te provo, não te sinto. 

 

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publicado às 15:24



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