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O vazio não tem cheiro. Não se vê. Não tem sabor. Mas, então como o sinto dentro de mim a alimentar-me a cabeça, a ser bombeado para cada veia, a correr-me nos olhos, a entranhar-se na pele, a dissolver-se debaixo da língua? Porque te sinto eu a encher-me de vazio?
O vazio não se pode medir, nem pesar, mas porque pesa o meu desta maneira e porque o sinto cada vez maior em mim? Tenho saudades do tempo em que tu me enchias o peito. Saudades de quando os teus braços me enchiam de protecção, os teus beijos me enchiam de vida, o teu olhar me enchia a alma.
O vazio não se pode agarrar, mas porque me deu ele a mão, quando outrora era a tua mão que eu segurava?
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