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Paz

autoria de Bruno C. da Cruz, em 22.10.07

Mata-me em silêncio, que o meu barulho magoa-te mais e ouvir-me sempre foi ruído que te estragou a tela. Mata-me devagar, que mais depressa te esqueces de mim, já que de esquecimentos te alimentaste tu sempre que tentei entrar mais dentro. Mata-me de noite, que a manhã deixa marcas a mais e longe de mim querer marcar-te o egoísmo. Mata-me de olhos fechados, que no meu olhar vive tudo o que não queres ver.

 

Mata-me hoje, que amanhã é tarde demais.

 

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publicado às 20:29

Poeta/Pintor

autoria de Bruno C. da Cruz, em 02.10.07

Quero despir-me de ti sem pretensões de me tornar um nú de sentimentos, num quadro pintado por algum pintor francês. Não fossem os pintores um pouco poetas, que em vez de palavras desdobram rabiscos, em vez de folha usam tela e em vez de um lápis cinzento dão cor ao poema/quadro, com cores que o poeta apenas traduz para que outros as vejam. Por isso quero eu despir-me de ti, sem perigo de ser traduzido/pintado por algum poeta/pintor... Quero despir-me de ti para ver o que sobra de mim... Pintor, Poeta? Não fosse o poeta um pintor de sentimentos e eu um poeta perdido nas tintas do teu quadro.

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publicado às 21:15



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