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Dói-me tanto a alma. Como dói! Os meus olhos já nem lágrimas têm para me acalmarem a dor. Choro então pedaços de nada. Um nada que me mora nos olhos e me sufoca a alma. Em breve, esse nada nos meus olhos será tudo o que resta... Ai, o que me resta já é tão pouco! Tão pouco que nem pouco encontro, nem a mim me encontro. Nem a ti.
As mãos estão vazias. O vazio nelas dói porque me falta um qualquer toque. O teu. Toca-me. Mesmo que eu diga que não. Abraça-me à força. Com força. Com mais força. Mesmo que eu me queixe do aperto. O aperto do teu abraço dói menos que o aperto com que atormentas o meu peito.
Deixa-me ser teu. Talvez renasça. Mas não me dês a provar um travo que seja da dor. Sim, o amor dói. Mói. Mata! Mas ama-me...
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