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Amo-te.
Com o coração, com a ponta dos dedos, com os olhos, com a boca, com todo o meu corpo, com todo o meu ser.
Amo-te.
A cara, as mãos, a pele, os olhos, a boca. Da cabeça aos pés. Pelo que és.
Vou arrancar o coração.
Pela boca, ou mesmo pelo peito.
Se tens que viver para sempre dentro dele
não o quero mais dentro de mim.
É o pedaço que mais me dói...
E eu já estou farto de tentar suportar a dor
sem qualquer resultado.
Sai de dentro dele, por favor.
Sai de dentro de mim.
Quero esquecer-te com a mesma facilidade
com que me lembro de ti.
Usa-me e deita-me fora.
Come-me. Em todos os sentidos
De todas as maneiras.
Come tudo o que puderes.
Come-me os beijos, o desejo, o prazer,
Os sonhos, a crença no amor,
A crença em ti.
Usa-me e deita-me fora.
Como lixo. Como um brinquedo.
Como um corpo que apenas serve
Para te dar prazer.
Usa-me.
Deita-me fora.
Dói-me tanto a alma. Como dói! Os meus olhos já nem lágrimas têm para me acalmarem a dor. Choro então pedaços de nada. Um nada que me mora nos olhos e me sufoca a alma. Em breve, esse nada nos meus olhos será tudo o que resta... Ai, o que me resta já é tão pouco! Tão pouco que nem pouco encontro, nem a mim me encontro. Nem a ti.
As mãos estão vazias. O vazio nelas dói porque me falta um qualquer toque. O teu. Toca-me. Mesmo que eu diga que não. Abraça-me à força. Com força. Com mais força. Mesmo que eu me queixe do aperto. O aperto do teu abraço dói menos que o aperto com que atormentas o meu peito.
Deixa-me ser teu. Talvez renasça. Mas não me dês a provar um travo que seja da dor. Sim, o amor dói. Mói. Mata! Mas ama-me...
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