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Vais partir.
Agora que te tenho vais-me fugir
como areia na mão a escapar-me pelos dedos.
Vais ser uma lembrança, não tarda nada.
Uma memória viva em mim, onde nela viverão os medos
que um dia tive por não te ter
e que vou sentir ao te perder.
Vais ser lágrima que me corre
pelo corpo, como gota de orvalho que morre
nas pétalas de uma flor... que dor!
Sim, vais-me doer, é certo.
Vais ser a ressaca, outrora foste o vício
que me consumia a alma.
Calma... Ainda te sinto perto.
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