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Crónica de um louco sentimental - Exausto

autoria de Bruno C. da Cruz, em 27.10.05

 

Um dia tentei mostrar-te o amor mas tu não o viste. Não sei a quem atribuir a tua cegueira, se ao teu coração ou a ti. De qualquer forma, ainda que essa incógnita tivesse, em algum momento, sido importante para mim, agora tanto me faz. Estou demasiado cansado para decifrar perguntas sem respostas. Estou exausto.

Por vezes sinto-me como que a correr numa maratona, onde a meta nunca aparece e onde há sempre um obstáculo para contornar no caminho e me faz ficar cada vez mais com vontade de me sentar a ver a vida passar, como um espectador de um filme alternativo na última sessão.

Entraste tão depressa dentro de mim e quando saíste à pressa, sem avisar, nem tiveste tempo de levar tudo o que era teu. Se ao menos eu te conseguisse expulsar. Mas estou exausto.

Não aguento mais este vicio de te consumir até ao fim sem deixar restos para mais ninguém. A ressaca atormenta-me e no entanto continuas a correr-me no sangue como proteína, como vitamina.

Exausto. Sim, exausto...

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publicado às 21:51

Hard Way

autoria de Bruno C. da Cruz, em 09.10.05

Se tudo fosse tão simples de dizer

as frases morriam na boca
mesmo antes da palavra nascer.

Se tudo fosse tão fácil de sentir
o amor não fazia estragos
na hora de fugir.

Se tudo fosse tão simples de ver
os olhos abriam-se
antes de tudo acontecer.

Se tudo fosse tão fácil de suportar
o meu peito não se queixava
desta constante falta de ar.

Como nada é fácil,
escolhi a maneira mais dificil de te esquecer...
Vivo a relembrar-te, prendendo-me sempre em ti.

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publicado às 20:40



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