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A colheita

autoria de Bruno C. da Cruz, em 29.05.05

 

Caminhei entre rosas
e tulipas até chegar à mais
bela flor do meu jardim.
Colhia-a como se colhe um beijo
e ela murchou tal como o nosso amor.
Chorei e caí de alma no chão.
Apeteceu-me arrancar o sangue
para também murcharem as minhas veias.
Adormeci.

Quando acordei percebi
que nem tudo o que gosto me pertence.
Não posso arrancar flores
porque murcham, nem amores
porque morrem.
Devo deixar as flores livres no jardim
e amor preso no coração.
Nada pode ser arrancado!

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publicado às 00:25

Desiludes-me às vezes

autoria de Bruno C. da Cruz, em 25.05.05


Às vezes o sol corre do céu

e esconde-se nas nuvens
tal como as lágrimas que os
meus olhos guardam em segredo.
Às vezes fico triste e choro.
Às vezes fico alegre e choro.
Às vezes sinto-te longe
mesmo tendo-te aqui
enrolada nos meus braços.
Às vezes digo coisas bonitas.
Às vezes dizes coisas bonitas.
Às vezes os teus actos são como
setas bem afiadas que destroçam
o meu coração sem hesitação.
Desiludes-me às vezes.

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publicado às 12:09

Inveja de nós

autoria de Bruno C. da Cruz, em 20.05.05

 

Sou cada peça que falta
aí dentro dessa pessoa
a quem chamam Tu.
És o meu Eu perdido,
algures fundido no teu.
Somos um vazio
que entoa aos olhos de quem
nele grita e nada vê.
Somos um preenchido
de cor e de dor, esperança e amor
que incita inveja aos olhos
de quem tenta ver em nós
a infelicidade que neles existe.

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publicado às 01:33

Crónica de um louco sentimental - Porquinho mealheiro

autoria de Bruno C. da Cruz, em 18.05.05

 

Parti o meu porquinho mealheiro para te comprar a prenda perfeita. Contei tostão por tostão e vi que com aquele dinheiro a perfeição não estava ao meu alcance. Apercebi-me então que a prenda ideal seria o amor que sinto por ti, afinal quando se ama não se sente a falta de nada mais! Tu olhaste para mim e choraste por não ver nenhum embrulho. Não percebeste que o amor estava embrulhado em mim e choraste mais. Quando te contei que a tua prenda era o meu amor tu disseste que era pouco e foste embora!

Fiquei sem ti e sem o meu porquinho mealheiro, e embora porquinhos existam muitos e como tu não haja mais ninguém, fiquei com mais pena de ter partido o porquinho do que te ter perdido a ti! É que o porquinho era como eu, guardava um tesouro dentro de si, ainda que eu, tal como tu, achasse que era pouco… E tu, bem, tu és oca, não guardas nada dentro de ti. Se alguém te partisse, o que veria? Nada!

Tal como eu parti o porquinho e não dei valor ao seu tesouro, tu partiste-me a mim sem dares valor ao meu amor. Como eu me arrependi de o ter partido, mesmo sabendo que era tarde para arrependimentos, também espero que um dia te arrependas e, tal como eu, passes a dar mais valor ao que cada um guarda no seu interior sem teres de o partir… É que mesmo podendo colar caco por caco, nada nem ninguém volta ser igual! Vão lá estar sempre as marcas a servir de lembrança!

O porquinho ficou sem poder guardar moedas e eu fiquei sem ter a quem dar o meu amor, mas não importa… Oxalá um dia alguém te utilize para seu porquinho mealheiro, te parta e te abandone indiferente ao tesouro que descobriu!

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publicado às 00:01

Medo

autoria de Bruno C. da Cruz, em 16.05.05

Não consigo dormir agora que não dormes comigo... Será medo de te perder ou medo de descobrir que afinal nunca te tive?

É um medo miudinho que me consome os minutos das voltas que a cama me rouba. É um medo mudo que não fala comigo e não me conta as suas razões. É um medo que agora mora em mim!

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publicado às 00:19

Era uma vez...

autoria de Bruno C. da Cruz, em 14.05.05

Era uma vez, duas vezes ou mais, e de todas essas vezes houve alguém que amou, repetindo histórias antes escritas, contadas e faladas. Por isso quando o amor se torna ficção eu dou-lhe a mão e juntos escrevemos uma nova história.

 

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publicado às 00:01

Simples constatação

autoria de Bruno C. da Cruz, em 12.05.05

 

 

O ar era menos ar antes de te conhecer.
Até a água era menos doce antes de te provar.
O dia era menos claro antes de tu chegares.
Eu era mais feliz antes de partires.

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publicado às 00:01

Onde estão...?

autoria de Bruno C. da Cruz, em 10.05.05

 

Para onde foram os beijos que demos,
as promessas que fizemos
e os olhares que trocamos?
Onde estão as juras de amor eterno,
o gosto pelo inverno
e o sabor da tua boca?
Quem escondeu as gargalhadas que soltamos,
as lágrimas que perdemos
e todos os nossos Adeus?
Quem perdeu os nossos Sábados,
todas aquelas discussões
e os raios de luar?
Onde está tudo o que sentia por ti,
a vontade de te querer
e o medo de te perder?

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publicado às 00:01

Crónica de um louco sentimental - Pára!

autoria de Bruno C. da Cruz, em 08.05.05


Pára de me atacar nos sonhos! Pára de me perseguir nos momentos de apatia. Pára de ser a chave da minha melancolia! Pára, eu não aguento! Mata-me, toda esta dor, este sofrimento...

Pára de me seguir na rua! Pára, a minha vida não é mais tua! Pára de subornar o tic-tac do relógio que me leva sempre até ao passado. Pára de mexer na minha imaginação que me faz ver-te em todo lado!

Pára de me fazeres sentir assim. Pára, eu não sou o culpado... Não, eu não fiz nada de errado... Talvez tenha errado aí, em não ter feito nada!

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publicado às 00:18

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