De Borboleta a 15.06.2006 às 11:54
Vou arrancar o coração, mas lentamente, em agonia,
Pela boca, ou mesmo pelo peito, devagar, com muito jeito!
Se tens que viver para sempre dentro dele, nele estou já morto,
não o quero mais dentro de mim.
É o pedaço que mais me dói... Que me faz mais mal!
E eu já estou farto de tentar suportar a dor, tanto horror,
e ao mesmo tempo de ti, Mel... puro Mel.
Sem qualquer resultado, aparente.
Ou sou eu de vidente, apenas sou aprendiz. Diz?
É no futuro, que se desenha a cura, da dor?
Da agonia!
Paro. Agora paro ... espero, oiço a voz,
a outra voz, dentro, dentro do meu coração...
Sai de dentro dele, por favor.
Ou de mim, toma a posse, definitivamente!
Sai de dentro de mim - passa, passa... passa!
Por entre a emoção da dor ... e volta, mas volta, por favor....
Quero esquecer-te com a mesma facilidade,
com que me lembro de ti.
Ou lembrar-te, na lentidão de vidas, de eras,
sempre, sempre, colado, retalhado, a punhais, em ti!
Por favor… Volta!
Resgata! Desta vida, antes que me mutile,
E tu, remédio não tenhas que me procurar
uma vez mais, numa outra.... Mil anos talvez, de espera.
Por favor!