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Crónica de um louco sentimental - Deixa-me ser teu

autoria de Bruno C. da Cruz, em 09.04.06

Dói-me tanto a alma. Como dói! Os meus olhos já nem lágrimas têm para me acalmarem a dor. Choro então pedaços de nada. Um nada que me mora nos olhos e me sufoca a alma. Em breve, esse nada nos meus olhos será tudo o que resta... Ai, o que me resta já é tão pouco! Tão pouco que nem pouco encontro, nem a mim me encontro. Nem a ti. 

 

As mãos estão vazias. O vazio nelas dói porque me falta um qualquer toque. O teu. Toca-me. Mesmo que eu diga que não. Abraça-me à força. Com força. Com mais força. Mesmo que eu me queixe do aperto. O aperto do teu abraço dói menos que o aperto com que atormentas o meu peito.  

 

Deixa-me ser teu. Talvez renasça. Mas não me dês a provar um travo que seja da dor. Sim, o amor dói. Mói. Mata! Mas ama-me... 

 

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publicado às 20:00


1 comentário

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De Paulinho (Apeles_E) a 11.04.2006 às 20:30

"Um grande amor é sempre grave e triste." (Florbela Espanca)

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