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Apetites nocturnos

autoria de Bruno C. da Cruz, em 14.08.04

Apetece-me falar de tudo e de nada. De tudo, porque às vezes o nada é tão grande que me faz tropeçar e perder o rumo... De nada, porque às vezes tudo me faz perder a crença nesses estranhos jogos que a humanidade adoptou.

Apetece-me comer silêncio e não ouvir estes gritos que ecoam dentro de mim. Ficar imóvel a ver o mundo rodar. Ficar tonto com as voltas da vida. Bater palmas aos que lutam. Chorar pelos que sofrem. Sofrer por mim... Sofrer!

Sim, apetece-me sofrer... Talvez assim descubra onde se alojou a dor que me desperta a tristeza... Talvez assim eu saiba a razão pela qual sou assim.

Apetece-me desligar o sol e beber a escuridão... Talvez assim eu não veja mais ninguém... Talvez assim eu não te veja mais... Talvez assim eu não te encontre. Talvez assim venhas tu à minha procura e me faças acreditar que o amor sempre existiu, eu é que não o provei.

Apetece-me ser consumido por esta música triste que entra repetidamente nos meus ouvidos. Apetece-me ser a letra desta música e andar na tua boca... Ser cantarolado por ti. Talvez assim percebas a minha tristeza. Talvez assim chores sem motivo, como eu.

Apetece-me falar de tudo e de nada. De tudo, porque às vezes sinto que não sou nada. De nada, porque gostava que fosses o meu tudo.

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publicado às 00:18


6 comentários

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De Anónimo a 14.08.2004 às 16:52

Eh gastronomia a + pa mnha barriga =P Num da pa entender essa mistura d sabores Bjs***Loladice
(http://www.laranja69.blogs.sapo.pt)
(mailto:loladice_da_orange69@hotmail.com)

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