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Apetece-me falar de tudo e de nada. De tudo, porque às vezes o nada é tão grande que me faz tropeçar e perder o rumo... De nada, porque às vezes tudo me faz perder a crença nesses estranhos jogos que a humanidade adoptou.
Apetece-me comer silêncio e não ouvir estes gritos que ecoam dentro de mim. Ficar imóvel a ver o mundo rodar. Ficar tonto com as voltas da vida. Bater palmas aos que lutam. Chorar pelos que sofrem. Sofrer por mim... Sofrer!
Sim, apetece-me sofrer... Talvez assim descubra onde se alojou a dor que me desperta a tristeza... Talvez assim eu saiba a razão pela qual sou assim.
Apetece-me desligar o sol e beber a escuridão... Talvez assim eu não veja mais ninguém... Talvez assim eu não te veja mais... Talvez assim eu não te encontre. Talvez assim venhas tu à minha procura e me faças acreditar que o amor sempre existiu, eu é que não o provei.
Apetece-me ser consumido por esta música triste que entra repetidamente nos meus ouvidos. Apetece-me ser a letra desta música e andar na tua boca... Ser cantarolado por ti. Talvez assim percebas a minha tristeza. Talvez assim chores sem motivo, como eu.
Apetece-me falar de tudo e de nada. De tudo, porque às vezes sinto que não sou nada. De nada, porque gostava que fosses o meu tudo.
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