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A colheita

autoria de Bruno C. da Cruz, em 29.05.05

 

Caminhei entre rosas
e tulipas até chegar à mais
bela flor do meu jardim.
Colhia-a como se colhe um beijo
e ela murchou tal como o nosso amor.
Chorei e caí de alma no chão.
Apeteceu-me arrancar o sangue
para também murcharem as minhas veias.
Adormeci.

Quando acordei percebi
que nem tudo o que gosto me pertence.
Não posso arrancar flores
porque murcham, nem amores
porque morrem.
Devo deixar as flores livres no jardim
e amor preso no coração.
Nada pode ser arrancado!

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publicado às 00:25


1 comentário

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De Anónimo a 01.06.2005 às 17:40

Rapaz, pena que andes agora desaparecido pois os teus textos são de uma sensibilidade já muito pouco usual neste espaço blogosférico. De vez em qdo aparece para postares + umas coisas bonitas como sabes. Em relação à colheita, conserva apenas as pétalas das flores que colheste... Se mesmo assim, achares que não o deves fazer, atira-as para o mar. Tudo será diluído pelas ondas, pela espuma e pelas correntes. Felizmente ou infelizmente.
Um grande abraço e votos de uma boa nova vida laboral (LOL)
PS. Permites que blinke o teu blog?Kraak/Peixinho
(http://kimboio.blogspot.com)
(mailto:talgo@clix.pt)

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